Coordenadora da infância traça metas de trabalho
Na manhã desta terça-feira (21), a juíza Katy Braun do Prado, que responde pela Coordenadoria da Infância e Juventude de MS (CIJ), esteve com o Des. Divoncir Schreiner Maran, presidente do TJMS, para ouvir dele as diretrizes a serem adotadas no trabalho a ser desenvolvido na CIJ, na gestão 2017/2018.
Com quase 18 anos na magistratura e titular da Vara da Infância, Juventude e do Idoso da Capital, Katy Braun foi designada para atuar como Coordenadora da Infância e da Juventude neste biênio.
“Temos que ter em mente que a CIJ é um órgão ligado à presidência, então, todo trabalho, apesar de executado por mim, passa pela presidência do Tribunal de Justiça de MS”, explicou.
Questionada sobre como recebeu o convite para responder pela CIJ, ela contou que foi com satisfação, especialmente porque será a primeira magistrada de 1º grau a ocupar essa função. “Isso representa a confiança do presidente do Tribunal de Justiça nos juízes de primeiro grau. Pretendo honrar os colegas, executando um bom trabalho”.
Por judicar na área, Katy Braun conhece muito bem a realidade em MS no que diz respeito à infância e não esconde a preocupação com as dificuldades enfrentadas como uso de drogas por adolescentes, trabalho infantil, família com os vínculos fragilizados, outras famílias em situação de vulnerabilidade social o que acaba repercutindo no número de crianças em situação de risco.
“A realidade de MS na área da infância e juventude não é diferente da de outros estados. Enfrentamos as mesmas dificuldades, contudo, contamos com pesquisas demonstrando quais são essas áreas de vulnerabilidade e diretrizes e metas estabelecidas pelo colégio de coordenadores, visando a alteração dessa realidade”.
Na gestão anterior, a juíza era ligada à pasta, o que permitiu a ela ter uma visão bastante ampla da realidade em Mato Grosso do Sul. Quais seriam então os planos de ação para essa gestão?
“Os planos da minha gestão incluem levar para o interior todos as propostas e projetos executados na Capital. O fato de a CIJ estar sediada em Campo Grande facilita que os juízes da Capital tenham acesso a estrutura e serviços que ela oferece, mas desejamos que todos os juízes, servidores e equipes técnicas do interior tenham as mesmas possibilidades de implantar e executar projetos que possam melhorar o atendimento da infância e juventude no âmbito do Poder Judiciário”, respondeu.
E ela já começou a trabalhar. “Estamos expedindo ofício para os juízes e equipes técnicas do Estado que atuam na área da infância e juventude para que informem em quais áreas desejam consultoria e capacitação. Além disso, nos dias 9 e 10 de março, iremos a São Paulo participar do encontro de coordenadores e lá verificar quais as ações que vamos articular, de maneira coordenada em todo o Brasil, a respeito dos temas que já foram selecionados como mais urgentes”.
Seria possível mudar a atual situação da criança e adolescente em Mato Grosso do Sul? No entender da coordenadora, muitas ações precisam ser colocadas em funcionamento e, para ela, a articulação, o trabalho conjunto de vários agentes públicos com a sociedade civil é que vão trazer esses resultados que tanto se deseja.
“Essa também é uma das áreas de atuação da Coordenadoria: buscar articulações junto ao Executivo municipal, ao Estado, Defensoria Pública, Ministério Público, sempre visando a elaboração de políticas públicas em favor da infância e da juventude”, esclareceu.
O que se pode esperar da gestão 2017/2018 da Coordenadoria? Katy Braun lembrou que a CIJ de MS já recebeu Selo Ouro do CNJ, que reconheceu a excelência do trabalho executado em território sul-mato-grossense.
“O que podemos esperar da minha gestão é que mantenhamos esse grau de excelência e que os juízes e servidores que atuam na área da infância de todo o Estado recebam atenção personalizada para melhorar o atendimento de crianças e adolescentes de suas comarcas”, concluiu.
Currículo - Natural de Maringá, Katy Braun ingressou na magistratura em junho de 1999. Em novembro do mesmo ano foi promovida para a comarca de Angélica e, em agosto de 2000, foi promovida para a comarca de Aparecida do Taboado e posteriormente designada para Direção do Foro entre os períodos de março de 2001 até fevereiro de 2002.
Uma remoção em 2003 a levou para a comarca de Fátima do Sul, na qual logo depois também foi designada para ser diretora do Foro, ficando nesta função até março de 2007. Em setembro de 2008 foi promovida para Campo Grande, como juíza auxiliar de Entrância Especial, e passou a compor o CEJAI. Um ano depois, por meio de remoção, foi para Vara da infância, juventude e do Idoso na qual é juíza titular atualmente.
Foi juíza auxiliar da Coordenadoria da Infância e da Juventude desde a sua criação em 2010. Também fez parte da Turma Recursal entre os anos de 2012 e 2015. Atualmente é 2ª Vice-Presidente da Abraminj e 2ª Secretária do Fonajup.