Consultor Jurídico publica artigo científico de diretora da AMAMSUL
O site Consultor Jurídico publicou neste domingo (27), a artigo classificado em 25º lugar no 1º Concurso de Artigos do Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ/AMB), escrito pela desembargadora aposentada Maria Isabel de Matos Rocha, diretora da Mulher Magistrada da AMAMSUL.
Com o título "Acesso, permanência e progresso de mulheres e pessoas negras na carreira da magistratura: propondo um olhar interseccional mais além da pesquisa AMB: quem somos, a magistratura que queremos", o artigo foi publicado por estar entre os 30 melhores colocados.
Os artigos foram produzidos com base em duas pesquisas divulgadas pela Associação dos Magistrados Brasileiros: "Estudo da imagem do Judiciário brasileiro", em colaboração com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), e "Quem somos. A magistratura que queremos". O tema era livre, desde que baseado nas pesquisas.
O artigo da magistrada de MS aponta que a minoria de mulheres e pessoas não brancas na carreira da magistratura contrasta com a maioria dessas pessoas na sociedade brasileira, o que sugere a necessidade de pesquisar sobre essa desigualdade e quais os efeitos dela no funcionamento do Poder Judiciário, sobretudo em suas respostas à sociedade.
No artigo, Maria Isabel analisa algumas questões da pesquisa da AMB para concluir que a pequena participação de pessoas negras e de mulheres na magistratura brasileira não foi enfrentada de forma abrangente na abordagem da pesquisa; ao contrário, em sua opinião, a questão permaneceu invisibilizada/naturalizada.
“A proposta que se apresenta é que pesquisas posteriores avancem equacionando as questões e correlacionando-as com os sujeitos que respondem, de modo a aprofundar a compreensão de questões de raça e de gênero no Poder Judiciário. Essas respostas serão um primeiro passo para compreender porque essas pessoas são minoria na magistratura, como decorre seu acesso, permanência e progresso na magistratura, e finalmente saber se sua atuação traz especificidades nas respostas do Poder Judiciário à sociedade”, escreveu ela.
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