AMAMSUL lança livro EU JUÍZA e coletânea de artigos científicos
Na noite desta sexta-feira (27), obedecendo às medidas de segurança para evitar a contaminação e disseminação do coronavírus, além de reinaugurar o auditório da Esmagis, a AMAMSUL lançou dois importantes registros de ações que marcaram a gestão 2019/2020: o livro EU JUÍZA e a coletânea de artigos científicos resultantes do I Fórum de Igualdade de Gênero nas Instituições.
Fundada há 42 anos, a entidade celebrou com o ato solene o lançamento das duas obras, ambos projetos da Diretoria da Mulher Magistrada, sendo a coletânea resultado de um evento realizado em parceria com o Comitê de Gênero, Raça e Diversidade do TJMS.
Destaque-se que, no dia 8 de março de 2019, em um ato de pioneirismo, o presidente da AMAMSUL, juiz Eduardo Siravegna, criou a Diretoria da Mulher Magistrada, valorizando a participação feminina na magistratura e dando voz às magistradas associadas. No mesmo dia, nomeou a desembargadora aposentada Maria Isabel de Matos Rocha para comandar a pasta.
Assim, iniciaram-se as ações como o “EU JUÍZA”, uma série de entrevistas que se transformou no livro com o mesmo nome para contar a história e a trajetória de mulheres magistradas que orgulham a magistratura sul-mato-grossense por seu trabalho e dedicação em distribuir justiça.
Outra iniciativa da mesma diretoria, o I Fórum de Igualdade de Gênero nas Instituições foi promovido pela AMAMSUL em parceria pelo Comitê de Gênero, Raça e Diversidade do TJMS, para debater a igualdade de gênero e a troca de experiências, em uma demonstração de que a magistratura, com envolvimento de parceiros importantíssimos, participa das mudanças mundiais de comportamento.
A primeira a falar foi Maria Isabel, que não escondia a emoção em ver dois de seus projetos transformarem-se em edições que entrarão para os anais da entidade associativa. Ela lembrou que foram 26 juízas a atender o convite de contar um pouco de seus pensamentos e sentimentos na carreira e pessoais.
“Este livro representa um registro histórico, algo nunca feito de forma tão particularizada. Além disso, gostaria de lembrar que este auditório foi palco em 2019 de um evento de igualdade de gênero, o qual representou reflexão acerca do papel das mulheres nas instituições, em um dia inteiro de debates”, disse ela.
Aproveitando para prestar contas de sua gestão à frente da diretoria, Maria Isabel apontou que em 2020 foi necessário se reinventar, por isso, as magistradas atenderam ao convite para realizar lives e assim nasceu o Mulheres Falam Direito, uma proposta realizada de julho a novembro, por meio de lives semanais, com mulheres da magistratura e outras carreiras falando de temas importantes para sociedade.
“Essas mulheres falaram direito, falaram bonito e falaram coisas importantes. Muitas lives abordaram temas de direitos humanos que são, a meu ver, negligenciados nos estudos jurídicos da faculdade e nos estudos posteriores. Qual seria o sentido dessas lives? Cada participante tem sua própria avaliação, mas para mim foi um testemunho à sociedade de tantos problemas e direitos violados que não recebem do sistema de justiça nem do estado brasileiro a proteção de que são credores”, afirmou.
Ao final, ela desejou sorte à juíza Camila Mattioli Pereira, que responderá pela pasta na gestão 2021/2022.
O Des. Odemilson Roberto Castro Fassa, coordenador do Comitê de Gênero, Raça e Diversidade do TJMS, cumprimentou Maria Isabel pelo brilhante trabalho realizado a frente da diretoria da Mulher Magistrada e, em especial pela contribuição à coletânea de artigos científicos.
“Essa obra nasceu muito mais do esforço e competência da magistrada Maria Isabel e do juiz Siravegna, presidente da AMAMSUL, que do Comitê de Gênero, Raça e Diversidade. Nós apenas colaboramos para o esforço dos dois. O mérito é muito mais dos colegas que do Comitê. Claro que isso não aconteceria sem a contribuição daqueles que emprestaram seu conhecimento para a elaboração dessa obra. Agradeço a todos que contribuíram para a realização desse projeto”.
“Hoje é motivo de orgulho para a magistratura em especial para AMAMSUL, pois finalizamos dois grandes projetos. Dois sonhos da administração 2019/2020: a reforma do auditório e o lançamento do livro Eu Juíza e da coletânea de artigos científicos”, disse o presidente da AMAMSUL, emocionado, ao iniciar sua fala.
Ele destacou que os livros foram ambos projetos da diretoria da Mulher Magistrada, a quem agradeceu o empenho e dedicação. Siravegna fez questão de registrar os feitos e realizações da diretoria da Mulher Magistrada, a qual ele confessou ter orgulho de dizer que foi criada na gestão deste biênio 2019/2020, no Dia Internacional da Mulher.
“Maria Isabel foi incansável em todos os projetos, sempre dedicada e muito preocupada em acolher as colegas magistradas, em acolher a causa da mulher magistrada e, porque não dizer, da igualdade de gênero nas instituições. É motivo de orgulho para mim ter, não só criado esta diretoria, como ter escolhido a colega Maria Isabel como primeira diretora, além de saber que esta diretoria vai muito bem ser comandada pela juíza Camila Mattiolli Pereira”, completou o presidente da AMAMSUL.
A despeito do momento tão difícil que o mundo atravessa, em razão da preocupação e da tristeza, em razão da pandemia, o juiz agradeceu aos que se dispuseram a prestigiar o ato solene, ainda que em número reduzido. “É motivo de orgulho presidir este ato solene porque não poderia finalizar esta administração sem reinaugurar este auditório e sem lançar o livro Eu JUÍZA e a coletânea de artigos científicos”.