Magistrados reúnem-se para falar sobre CPE e juizados
Primeiro foi a reunião em Três Lagoas, agora para os demais juízes e juízas do interior, no total de 53 participantes em três dias de reuniões por videoconferência. Assim, a parceria da AMAMSUL com o presidente do Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais (CSJE) e do Comitê de Tecnologia da Informação do TJMS, Des. Alexandre Bastos, e com o diretor da Central de Processamento Eletrônico (CPE), juiz Vitor Luis de Oliveira Guibo, continua.
O presidente da AMAMSUL, Giuliano Máximo Martins, participou das reuniões. Ele e a juíza Kelly Gaspar Duarte Neves, diretora do Interior da AMAMSUL, lembram que foi durante a campanha da atual gestão da associação a descoberta de que a CPE sempre foi um ponto sensível e que merece melhoras, não só no seu funcionamento, mas também no relacionamento com os juízes, e era necessário o auxílio da entidade para facilitar a integração entre as juízas e os juízes e a CPE.
Desta forma, objetivando estabelecer vínculo de cooperação entre as partes, a AMAMSUL propôs que os juízes e as juízas fossem ouvidos e discutissem formas eficazes de trabalho que atendessem a todos. Então, os 60 juízes do interior de primeira e segunda entrância dos juizados e aqueles atendidos pela CPE foram separados em grupos e ouvidos em três reuniões virtuais (8, 10 e 12/03).
Agora, analisadas todas as colocações, os juízes receberão o feedback. “Foram reuniões muito boas e já tivemos grandes avanços porque a principal questão levantada pelos magistrados era a falta de um canal de comunicação entre eles e os coordenadores da CPE e isso foi resolvido ao final da primeira reunião, quando o colega Vitor Guibo criou um grupo de whatsapp para troca de experiências e contato direto, além de dividir os sucessos para serem copiados por outros colegas”, explicou Giuliano.
Outra necessidade era a inclusão de um representante dos magistrados do interior no comitê de processamento da CPE para efetiva participação na tomada de decisão. O diretor da CPE comunicou que já enviou requerimento à administração do Tribunal de Justiça.
Além disso, o Des. Alexandre Bastos também informou que solicitou ao Conselho de Supervisão dos Juizados a alteração legislativa necessária para incluir um representante das juízas e dos juízes do interior como conselheiro, em uma demonstração da importância da representatividade dessa parcela da magistratura.
“Durante a última reunião, tivemos uma pequena participação do presidente do TJMS, Des. Carlos Eduardo Contar, que confirmou que em breve também se reunirá com os juízes do interior. Nós sabemos que existe a possibilidade de não se acolher todos os pedidos, contudo, o fato inédito de se propiciar a oportunidade de fala já demostra a importância que nós, juízas e juízes do interior, temos para essa administração”, destacou Kelly.
A juíza Bruna Tafarelo, da comarca de Chapadão do Sul, foi outra a reconhecer a importância desse espaço de discussão e troca de ideias. “Essa foi a primeira vez, desde que ingressei na magistratura, que há esse espaço de fala para os juízes do interior, que estão muito distantes do centro da tomada de decisões. Uma oportunidade para colocarmos nossas preocupações de fluxo de trabalho e encontrarmos juntos a solução, que pode ser utilizada por colegas de outras comarcas”, disse ela.
“A meta é fazer com que a CPE alcance 100% das Varas do Estado. Faremos visitas em várias comarcas para colher subsídios que otimizem e desenvolvam ainda mais os juizados especiais e os sistemas de tecnologia da informação com a CPE”, destacou o Des. Alexandre Bastos, na reunião de Três Lagoas.