AMAMSUL apoia PL que transforma a campanha Sinal Vermelho em lei no MS
Nesta quinta-feira (17), o presidente da AMAMSUL, Giuliano Máximo Martins, esteve na Assembleia Legislativa para uma visita institucional. Acompanhado da juíza Helena Alice Machado Coelho, que responde pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em MS, o magistrado levou até a deputada Mara Caseiro uma Nota de Apoio da entidade em integral apoio ao projeto de lei da parlamentar que transforma a campanha Sinal Vermelho em política pública em Mato Grosso do Sul.
A proposta da deputada ressalta as ações da campanha criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) como medida de combate e prevenção à violência doméstica, por permitir que a vítima seja auxiliada de forma ágil e eficiente.
“Ciente do papel da AMAMSUL na sociedade, temos certeza que a aprovação do projeto muito contribuirá para o esclarecimento da sociedade sul-mato-grossense na proteção das vítimas de violência doméstica, ainda mais no atual cenário de preocupantes índices de crimes dessa natureza”, esclareceu Giuliano, que esteve ainda no gabinete do deputado Felipe Orro com o mesmo propósito, no período vespertino.
Durante a visita aos parlamentares, o presidente da AMAMSUL entregou a cada um dos deputados um exemplar do livro “Eu, Juíza”, uma série de entrevistas que se transformou no livro com o mesmo nome para contar a história e a trajetória de mulheres magistradas que orgulham a magistratura sul-mato-grossense por seu trabalho e dedicação em distribuir justiça. O livro representa um registro histórico, nunca feito de forma tão particularizada pela entidade.
Saiba mais - Desde junho de 2020, o combate à violência doméstica ganhou novo aliado. Assim, farmácias e drogarias de todo o país têm participado da campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, com objetivo de auxiliar mulheres que se apresentarem com um sinal vermelho em forma de “X”, desenhado em vermelho na palma da mão.
A proposta, lançada simultaneamente em todo o país e abraçada pela AMAMSUL, tornou-se um canal silencioso de denúncia à vítima que, de sua casa, não consegue denunciar a violência sofrida e, ao dirigir-se à farmácia ou drogaria, terá nos atendentes o apoio necessário para acionar a polícia pelo número 190.
A juíza Helena Alice ressaltou a necessidade de se ajudar mulheres que ficam confinadas em suas casas com seus agressores, à mercê de toda forma de violência. “Por solidariedade e responsabilidade social, não podemos abandonar essas mulheres. Elas precisam saber que não estão sozinhas e essa parceria com farmácias e drogarias nos ajuda a proporcionar ainda mais oportunidades de quebrar o ciclo de violência”, disse a juíza.
A eficácia da campanha pode ser notada rapidamente quando, duas semanas após o lançamento da Sinal Vermelho em Mato Grosso do Sul, foi possível resgatar em Campo Grande uma vítima deficiente auditiva de suposta situação de cárcere privado. A mulher de 39 anos era mantida em suposto cárcere privado pela irmã e pelo cunhado.