Três novos juízes são empossados na Capital
A comarca de Campo Grande tem três novos juízes e para recepcionar os magistrados, na tarde desta sexta-feira (6), foi realizada no Fórum a solenidade oficial de posse, no plenário do Tribunal do Júri. Assim, a juíza Adriana Lampert assume a 2ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; o juiz Deni Luis Dalla Riva vai titularizar a 6ª Vara Cível e o juiz Marcus Vinícius de Oliveira Elias passa a atuar como juiz auxiliar da Capital.
Durante a posse, a juíza Denize de Barros Dodero, diretora do Foro da Capital, afirmou que estava feliz em receber os novos colegas. “Sintam-se acolhidos e sejam muito bem-vindos à nossa casa, repletos da confiança mais pura. A ousadia da confiança que dispensa respostas a todas as perguntas, mas que é plena de certeza de tantas coisas boas vindouras, a espera. A fé de estar no lugar e no tempo certo, seguros da missão e aptos à realização dos mais nobres propósitos”, disse ela.
O presidente da AMAMSUL, Giuliano Máximo Martins, deu as boas-vindas e desejou sucesso aos colegas. Em um discurso conciso, ele prestou contas das atividades desses primeiro seis meses de gestão a frente da associação e relatou um pouco do trabalho realizado em âmbito nacional.
“Caros amigos, a tensão entre os Poderes que vivemos hoje nos leva à reflexão da atividade associativa. Precisamos de união e força para enfrentar a batalha que está por vir. Além do trabalho associativo interno, estamos atuando no lado político, em uma luta intensa principalmente com a classe política e projetos de lei que afetam diretamente a magistratura, como o projeto de lei do extrateto e do Código de Processo Penal”, afirmou ele.
Giuliano citou ainda que, no início de sua gestão, a AMAMSUL fez alguns pedidos ao Tribunal de Justiça como a designação, com critérios objetivos, para comarcas próximas da Capital; os celulares para os cartórios, aquisição de novos notebooks para os magistrados e andamento da carreira.
“A movimentação traz oxigenação, novo ânimo e faz merecer os que têm mais tempo na carreira. Atualmente, a carreira não anda de maneira tão rápida como gostaríamos, os colegas passam muito tempo no interior, por isso, o fato de haver promoção para a Capital nos alegra muito porque os resultados são muito positivos, inclusive com reflexo na produtividade. Diante disso, desejo muito sucesso aos colegas Adriana, Deni e Marcus Vinícius e que sejam muito felizes em Campo Grande”, concluiu.
Conheça – Adriana Lampert é formada em Direito pela Universidade de Passo Fundo (RS), pós-graduada em Direito Processual Civil e em Direito Constitucional, ambos pela PUC do Rio de Janeiro. Atualmente está finalizando o curso de mestrado pela UFMS, tendo concluído curso modular em Laboratório de Inovação, Centro de Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis pelo CNJ, além do Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas.
Ingressou na magistratura de MS em 2002. No ano seguinte foi promovida para a Vara Única de Iguatemi. Em 2007 uma nova promoção a levou para a comarca de Bonito, onde atuou por quase 14 anos. Integra o Centro de Inteligência do TJMS, é membro do Laboratório de Inovação do TJMS (LabJus), além de ser parte do Laboratório de Inovação da AMAMSUL (AmamsuLab).
Questionada sobre como é ser promovida para a maior comarca do Estado, Adriana Lampert afirmou que é uma grande conquista que foi construída e desejada ao longo dos 19 anos de carreira. “É um retorno ao ponto de partida, onde foram adquiridas muitas experiências e amigos no caminho. No primeiro momento a euforia toma conta e o olhar não esconde o sorriso da chegada. Em seguida, chega a sensação de serenidade com um perfume suave de pertencimento”, definiu.
Sobre o que esperar da juíza Adriana, em uma vara onde a demanda envolve tantos processos e vidas de todo tipo de violência, ela garantiu que se pode esperar trabalho, dedicação e engajamento, além de envolvimento e empenho na criação de soluções inovadoras que efetivamente proporcionem uma melhor eficiência na prestação do serviço. “Em especial, para as vítimas de violência doméstica pode-se esperar empatia e sensibilidade”.
Deni Luis Dalla Riva é graduado em Direito pela Universidade de Passo Fundo (RS), pós-graduado em Direito Processual Civil pela Universidade do Sul de Santa Catarina. Foi Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul.
Ingressou na magistratura em 2002 e atuou nas comarcas de Rio Negro e Camapuã, onde se tornou o juiz com atuação mais longa, com quase 15 anos de permanência. Em Camapuã esteve sempre ligado ao tema Famílias Acolhedoras. Foi juiz auxiliar da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), no biênio 2015/2016; juiz colaborador da CIJ no biênio 2019/2020, atribuição que também ocupa atualmente.
Ele considera um privilégio ser promovido para entrância especial, já que todo juiz almeja evoluir na carreira, contudo, reconhece que esse privilégio vem acompanhado de um grande desafio: o volume de processos e a diversidade dos temas.
“É uma alegria chegar até a Capital, porém o volume de trabalho e as exigências são grandes. O que pretendo é me empenhar para corresponder às pessoas que têm processos na justiça, tentando dar uma resposta em prazo razoável às demandas. Empenho, empenho, empenho”, disse Deni.
Marcus Vinícius de Oliveira Elias é formado na Universidade Estadual de Maringá, pós-graduado em Processo Civil pela Rede LFG e PUC/Rio, e tem mestrado em Garantismo, Direitos Fundamentais e Processo Judicial, pela Universidade de Girona (Espanha).
Como juiz auxiliar, Marcus Vinícius atuará nas varas para onde for designado, o que significa que poderá judicar nas áreas cíveis e criminais, especializadas e até nos juizados especiais. Antes de chegar a Capital, ele titularizava a 2ª Vara Criminal de Dourados.
Discreto, quando questionado sobre o que dele se pode esperar, ele foi conciso: “Trabalharei com muito empenho, como sempre procurei fazer, independentemente da vara em que atuarei”, respondeu.