Magistratura de MS tem mais uma juíza aprovada no mestrado
A juíza Melyna Machado Mescouto Fialho, da comarca de Jardim, recentemente, teve a dissertação de mestrado aprovada. Com o tema 'Uma juíza entre dois mundos: desafios e potencialidades de um diálogo intercultural no processo de apuração de ato infracional de adolescente indígena', sob a orientação do professor doutros André Augusto Salvador Bezerra, ela integrou o programa de pós-graduação profissional em Direito da Enfam.
Questionada sobre a escolha do tema, Melyna explicou que o interesse está totalmente conectado com a experiência de atuação como juíza no Mato Grosso do Sul. “Somos o segundo estado com maior número de população indígena do Brasil, o que nos exige um olhar diferenciado para as demandas inerentes aos povos indígenas”. Explicou.
A realização desse sonho para a magistrada, contudo, foi um desafio, pois conciliar estudos com as atividades profissionais. Melyna responde pela 2ª Vara de Jardim, é diretora do Foro daquela comarca e também responde pela comarca de Nioaque, em substituição.
A associada ressaltou que teve apoio da família e suporte de uma rede de apoio tanto no fórum, por parte de sua equipe, quanto de amigas de magistratura que a incentivavam a cada momento. Ela fez questão de agradecer ao Tribunal de Justiça, nas pessoas da Desa Elizabete Anache, que responde pela Coordenadoria da Infância e da Juventude de MS (CIJ), e da diretora da CIJ, Célia Ruriko Idie Wolfring, que tornaram a pesquisa para o mestrado possível.
“Foi verdadeiramente um desafio. A conclusão do mestrado é um misto de emoções. O meu interesse em prosseguir nos estudos na vida acadêmica surgiu aliado à vontade de me reconectar com propósitos nutridos desde a infância: cultivar o desejo de mudar o mundo. Considero o mestrado uma experiência avassaladora. Foi desafiador, angustiante em alguns momentos, mas, acima de tudo, muito transformador, no sentido poderoso da expressão”, concluiu a juíza.
Conheça – Nascida em Belém (PA), Melyna cursou Direito na Universidade Católica de Goiás e ingressou na magistratura sul-mato-grossense em janeiro de 2014 para exercer o cargo de Juiz Substituto, após ser aprovada no XXX Concurso.
Em junho de 2014 foi promovida para o cargo de juiz de primeira entrância e judicou na comarca de Iguatemi. Removida em junho de 2016, ela deixou Iguatemi para atuar em Bataiporã, onde permaneceu até junho de 2018, quando foi promovida para o cargo de juiz de segunda entrância para titularizar a 2ª Vara de Jardim.