Evento marca nova era da AMAMSUL com TJMS e EJUD
Com a presença de mais de 110 juízes de todas as comarcas do Estado, a AMAMSUL realizou o Encontro Regional de
Magistrados em Ponta Porã, nos dias 18 e 19.
O encontro foi realizando concomitantemente com o seminário sobre Integração Jurídica dos Países da América do Sul, evento resultante da parceria AMAMSUL, EJUD e Tribunal de Justiça.
Na abertura do evento, o presidente da entidade Wilson Leite Corrêa falou sobre a importância de se realizar eventos dessa envergadura, destacou a parceria estabelecida com a EJUD, mencionou os resultados do seminário na atuação dos juízes, lembrou do tratamento respeitoso que a associação em recebido do TJMS e do congraçamento que os juízes e desembargadores desfrutariam nos dois dias de trabalho.
“Esta, para nós, é uma ocasião singular porque representa uma nova era na relação entre a AMAMSUL, o Tribunal de Justiça e a Escola Judicial. Pela primeira vez se realiza um evento conjunto, após a cisão das escolas da magistratura. Tenho certeza que doravante faremos outros encontros como este. Já existe uma disposição anterior de aproveitarmos esses cursos de aperfeiçoamento da EJUD para também trazermos os magistrados e a AMAMSUL está fazendo seu papel. É uma situação que acaba trazendo mais importância para o evento e demonstra que precisamos nos unir para a defesa da magistratura”, ressaltou.
No primeiro dia de discussão, o palestrante a abrir os trabalhos foi Ramiro Anzit Guerrero, que abordou o tema A Integração Jurídica da América do Sul desde a Visão Constitucional.
De nacionalidade argentina, Ramiro é professor de graduação e pós-graduação da Universidade Jesuíta Del Salvador, além de ministrar aulas no Brasil nas escolas para magistratura do Pará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
De modo descontraído, Ramiro explicou aos juízes um pouco sobre globalização e processos integrativos como forma de evitar ser engolido pela primeira. “Vamos analisar um pouco essa globalização para chegar até nossa visão constitucional que nos levará aos processos integrativos e os desafios que temos na implementação de seus modelos”, disse.
O palestrante seguinte foi Ricardo Andrade Saadi, delegado da polícia federal e responsável por abordar a Cooperação Jurídica Internacional: autoridade central, mecanismos, princípios e conceitos.
Ricardo destacou como funciona na prática a cooperação entre países, como o juiz deve proceder. “A globalização trouxe benefício para a sociedade como um todo, contudo trouxe também muitas facilidades para as organizações criminosas atuarem no mundo inteiro. Não existe uma grande organização criminosa que atua somente em um país. Como se combate o crime organizado hoje em dia? Tirando sua capacidade econômica e financeira”.
Ao final do primeiro dia, os juízes realizaram uma assembléia para tratar de assuntos de interesse da magistratura. À noite, houve um jantar para aproximar os associados e seus familiares.