Presidente da AMAMSUL fala sobre magistratura para acadêmicos
Nesta segunda-feira (20), o juiz Wilson Leite Corrêa, presidente da AMAMSUL, esteve na universidade Anhanguera
-Uniderp para uma palestra com os acadêmicos do primeiro semestre do curso de Direito.
Convidado a falar sobre a carreira da magistratura, Wilson começou explicando as diferenças entre justiça federal, trabalhista, militar e estadual; falou sobre a atuação de um juiz (decisões, presidir tribunais de júri, audiências, etc) e como se dá o acesso à carreira.
“Em regra, o acesso ao cargo ocorre por concurso público e exige muito conhecimento do candidato. Para ser juiz não é necessário ser especialista em nenhuma matéria, mas é preciso conhecer um pouco de tudo. Deve-se estudar muito e ter conhecimento em todos os ramos do direito”, esclareceu.
O presidente da AMAMSUL lembrou também que a função de juiz é muito espinhosa em razão de recair sobre ele a carga decisória, contudo, é uma opção de vida, um verdadeiro sacerdócio. “Se acompanharem um dia na vida do juiz verão o quanto trabalhamos, entretanto, é uma função gratificante porque é possível fazer algo pela sociedade. Na verdade, é possível transformar a sociedade com suas decisões”, completou.
Wilson falou do tempo em que atuava em comarcas do interior, sobre as ameaças que os juízes recebem, dos procedimentos adotados para a segurança dos magistrados e terminou com um conselho: “Aproveitem o tempo de curso para adquirir conhecimento e formar uma boa base jurídica. Façam estágio no Poder Judiciário, no Ministério Público, na Defensoria, enfim, conheçam um pouco de tudo, pois quando se formarem estarão preparados”.
Interação - Aberto o espaço para debates, os alunos demonstraram interesse pela carreira e questionaram o juiz sobre os riscos da profissão, salário, empenho para ingresso na carreira, fases de concursos, o enfraquecimento das carreiras jurídicas, entre outras questões.
E para mostrarem que estão atualizados, os acadêmicos falaram também sobre a maioridade penal, a eleição para juiz na Argentina, a PEC 37 (que limita os poderes do Ministério Público nas investigações criminais) e a PEC 33 (que autoriza parlamentares a derrubar decisões do Supremo Tribunal Federal - última instância do Judiciário - e as submete ao Congresso Nacional).