Magistrados discutem Psicologia Jurídica
Durante três dias 105 magistrados, entre juízes e desembargadores, reuniram-se em Bonito para participar do 38º curso de aperfeiçoamento para fins de vitaliciamento, promoção e formação continuada. O tema do evento foi Psicologia Jurídica.
O curso, credenciado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), foi coordenado pelo juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, David de Oliveira Gomes Filho, e realizado em parceria AMAMSUL, ESMAGIS,EJUD e TJMS.
Além do curso, a AMAMSUL realizou uma assembléia extraordinária para discutir assuntos de interesse da categoria. Depois da palestra de abertura, houve um jantar de confraternização para os associados e suas famílias.
“Participaram 105 magistrados das 52 comarcas sul-mato-grossenses, sendo 45 da Capital. Na verdade, estamos felizes com a quantidade de associados presentes a um curso de tal magnitude, principalmente porque tivemos a oportunidade de discutir questões pertinentes à magistratura que necessitavam de nossa atenção”, comentou o presidente AMAMSUL, Wilson Leite Corrêa.
Participaram da solenidade de abertura Wilson Leite Corrêa, presidente da AMAMSUL; David de Oliveira Gomes Filho, coordenador do curso; Marcelo Andrade Campos, representando o diretor geral da Esmagis; o Des. Ruy Celso Barbosa Florence, diretor geral da EJUD/MS, e Des. Joenildo de Souza Chaves, presidente do TJMS.
Saiba mais - A palestra de abertura foi proferida por Jorge Trindade, especialista em Psicologia Clínica e Jurídica, pós-doutor em Psicologia Forense e doutor em Psicologia Clínica e em Ciências Sociais. Ele lembrou que direito e psicologia são duas matérias que se entrelaçam por terem como objeto de estudo o ser humano e seu aprimoramento. “Justiça é o fim comum das duas disciplinas”.
Apontou ainda a formação humanística do magistrado, citou que o grande tormento nas varas de família é a alienação parental, explicou como funcionam as falsas memórias, falou a revitimização das crianças e exemplificou casos nas áreas de família, cível e no direito administrativo.
Ao final, Jorge apontou que de toda a discussão se podem tirar três conclusões: existe uma relação íntima entre o direito e a psicologia jurídica; a psicologia é importante para o direito, mas é substancial para a justiça; não é mais preciso recorrer a recursos de terror para saber que muitos erros do judiciário poderiam ser evitados com o auxílio da psicologia jurídica”.